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Produção de Suportes Midiáticos

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Suportes midiáticos na educação formal

Entrevista Marcelo Santos

Criando cidadãos mirins

Descobrir como é feito o uso de suportes midiáticos na educação formal em específico na escola pública, através de uma experiência já concretizada nos anos de 2010 e 2011 na Escola Municipal de Educação Infantil Professora Eunice dos Santos, localizada em Pirituba, São Paulo. O projeto chama-se TV Cedro Rosa – A Grande São Paulo Vista pelos olhos dos Pequenos. Pretende-se a partir dele verificar as possibilidades de desenvolver, em unidades de ensino formal, projetos educomunicativos que utilizem mídias como condutor do processo ensino-aprendizagem.
Dentro dessa ideia buscaremos explorar quais os ganhos e dificuldades de se concretizar trabalhos desse tipo com alunos da Educação Infantil e até que ponto é possível ampliar essa prática para outros níveis do ensino formal. O que seria necessário para isso?

Uma experiência educomunicativa

O infográfico ao lado apresenta as diversas etapas que compuseram o projeto TV Cedro Rosa desenvolvido por Marcelo Augusto Pereira dos Santos com alunos de 5 a 6 anos de idade de uma turma dos terceiros estágios – infantil II da Unidade.
Todo esse processo contou com a parceria entre professores, gestão da escola e Diretoria de Ensino. Durante as visitas, as crianças foram acompanhadas pelo coordenador do projeto, pela professora da turma e diretora da escola.

Ideias norteadoras do projeto

O esquema à direita representa os diversos aspectos presentes no projeto TV Cedro Rosa, os quais contribuíram para que as crianças fossem capazes de desenvolver uma imagem positiva de si mesmas, atuando de forma cada vez mais independentes e confiante.
Também colaborou no fortalecimento das relações sociais e na potencialização da articulação de ideias , interesses e opiniões, corroborando para o desenvolvimento de atitudes colaborativas e de respeito à diversidade. Caminhos esses que trilham para um dos objetivos centrais da educação – promover a construção de personalidades morais autônomas, críticas, que almejem o exercício competente da cidadania.
Dicas para um projeto
Durante a entrevista o professor Marcelo sugeriu alguns cuidados a serem tomados antes de se ter qualquer iniciativa de preparar um projeto dentro de uma unidade de ensino formal, valendo não só para o nível infantil, mas também para o ensino fundamental e médio.
Para iniciar um projeto educomunicativo

Mapear as demandas:
  • Por que precisa mudar?
  • O que necessita ser feito?
  • Que questão precisa ser resolvida – conflitos, violência etc?
Entender o ambiente escolar:
  • Quais as possibilidades reais de trabalho?
  • Qual o potencial de envolvimento da comunidade escolar e do entorno?
  • Quais as condições possíveis de trabalho – equipamento, tempo e verba?

Relatos de outros projetos

Nas Ondas do Rádio (Educom.Rádio)
Através de uma parceria da Secretária Municipal e o Núcleo de Comunicação e Educação (NCE-USP), o projeto “Nas ondas do rádio” surge em 2001, com o intuito de combater o grande número de casos de violência nos arredores das escolas de ensino Médio e Fundamental da Rede Pública de São Paulo.
Esse projeto, que possui um blog, tem como objetivo capacitar professores, alunos e comunidade escolar a utilizar o rádio dentro da sala de aula, a fim de produzir práticas pedagógicas colaborativas e promover o diálogo entre os diversos integrantes daquele ambiente.
Para sua realização, foram distribuídos kits de rádio com transmissores de baixa frequência, que atingem apenas o espaço escolar. O equipamento foi entregue a 250 unidades escolares. E o NCE-USP ficou responsável pela formação dos jovens, docentes, e comunidade.
Rádio Jacaré
A “Rádio Jacaré” foi um projeto desenvolvido na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Antônio Munhoz Boninha, em Pirituba. Ele se inicia a partir da apresentação, pela professora Ana Paula Emilio Escudeiro, de como funciona um programa de aúdio, chamado Auda City. Ao ter contato com o programa os alunos, que tem entre 4 e 6 anos, demostraram muita facilidade com as gravações.
Observando como os alunos se comportavam diante a tecnologia, a professora propôs a eles a criação de boletins sobre assuntos que eles mesmos achassem interessantes. E então juntos construíram a “Rádio Jacaré”, onde os alunos participaram de toda a composição, desde a escolha do nome, a seleção dos temas, a composição e interpretação de músicas até se transformar em repórteres e entrevistar diversas pessoas, incluindo o Prefeito de São Paulo.
Confira uma pesquisa sobre essa iniciativa: link.
Banquete osmótico
Banquete Osmótico

Banquete Osmótico

Muitos conceitos de biologia podem ser aplicados em situações do cotidiano, tornando o aprendizado mais significativo. Um exemplo disso é o “Banquete Osmótico”, o qual consiste em desafiar estudantes do primeiro ano do Ensino Médio a selecionar e preparar uma receita onde o processo da osmose possa ser explicado.
A primeira etapa é o planejamento, que inclui uma pesquisa sobre o conceito de osmose, a seleção de uma receita, a descrição da osmose na receita escolhida e a lista dos materiais necessários para a preparação da receita e de seu registro por meio de filmagem.
A segunda fase inclui a preparação das receitas “osmóticas” e filmagem de todo o procedimento. Depois de preparados, os pratos são degustados por toda turma.
A última etapa é a edição do vídeo produzido pelos grupos, que, além da preparação, deve conter a explicação do processo osmótico presente na receita produzida. Entre as inúmeras receitas preparadas, é possível citar carne seca, risotos, geleias e sunomono.

Entrevista Marcelo Santos

“Não sou mais um educador, sou um educomunicador, não tem mais como. Com esse novo olhar passei a observar o mundo, percebendo que tudo se relaciona com a comunicação. […] Se as pessoas entenderem a importância de falar com o outro e dar o direito de todos falarem e escutarem também, acho que viveriamos em um mundo melhor”.

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